A confirmação do governo americano veio no início da tarde de hoje (8) por meio de um comunicado oficial da Casa Branca após a China não desistir da retaliação aos Estados Unidos dentro do prazo estabelecido por Donald Trump.
A medida que começa a valer a partir de amanhã (9) elevará em 50% a taxação em cima dos produtos importados da China para os Estados Unidos. A nova cobrança somada a outras tarifas aplicadas desde o início do ano chega a 104%.
A ofensiva americana é para forçar um diálogo entre os dois países, mas mesmo antes da confirmação da sobretacha, a China já havia dito que não cederia à pressão de Donald Trump e manteve a retaliação de 34% em cima dos produtos americanos.
Além disso, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmou que os chineses estão dispostos a lutar até o fim, caso os americanos insistam em intensificar o conflito comercial e tarifário. A imposição americana e a reação da China indicam dois caminhos possíveis: uma nova rodada de sanções ou uma negociação forçada entre eles.
Mas além disso, essa guerra obriga os outros países a tomarem uma posição, enfrentar ou não os Estados Unidos. Segundo a Casa Branca, cerca de 70 países já entraram em contato para iniciar uma negociação com Trump, entre eles alguns asiáticos como Japão e Coreia do Sul.
Por outro lado, o presidente da França, Emmanuel Macron, diz não desejar o caos e promete responder as tarifas fixadas em 20% caso não haja negociação.
Na América Latina, a Venezuela antecipou hoje que vai decretar emergência econômica após ser taxada em 15% pelos Estados Unidos. Na decisão, que será detalhada nesta quarta-feira, o presidente Nicolás Maduro promete enfrentar o que chamou de guerra comercial do mundo.
Agencia Brasil