Baixar Tocar O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a discussão entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente norte-americano, Donald Trump, foi uma cena grotesca e desrespeitosa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a discussão entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente norte-americano, Donald Trump, foi uma cena grotesca e desrespeitosa. Algo nunca antes visto desde a criação da diplomacia.
Ainda em conversa com os jornalistas neste sábado em Montevidéu, o presidente Lula falou sobre a participação do Uruguai no Brics, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Irã.
"Eu, na verdade, estou convidando todos estes países que estão aqui, o Uruguai, a Colômbia, o México para participar dos Brics no Brasil. Porque eu acho que, embora não sejam membros fixos é importante que esses países participem, porque é o momento de fazer um debate com o mundo inteiro. E é importante que a gente, nessa reunião dos Brics fortaleça de verdade duas coisas importantes. A gente fortaleça o multilateralismo e a gente fortaleça o livre comércio."
Antes da cerimônia de posse de Yamandú Orsi, Lula falou também sobre a relação entre os dois países.
"Então a gente tem que esquecer as convergências e as divergências entre as pessoas e saber que a relação entre Estados é uma coisa mais séria, é uma coisa mais profunda e é uma coisa que não muda mesmo quando troca de presidente. A gente não pode ter uma relação de amigo. Ah, eu sou amigo do presidente do Uruguai, então vai estar tudo certo. Não, a minha relação tem que ser com o estado chamado Uruguai, porque ela tem que persistir, independente de quem seja o presidente."
E teve reuniões bilaterais. Com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, Lula conversou sobre guerra e sobre multilateralismo e democracia. Democracia, aliás, que também foi assunto de outra reunião, dessa vez com a candidata à presidenta do Equador, Luisa González. Audiência que ocorreu a pedido dela.
Ao final, o governo brasileiro divulgou uma nota dizendo esperar que o segundo turno das eleições no Equador, que ocorrem em 13 de abril, seja pacífico e dentro da normalidade.