PL discute medidas legais globais em resposta à possível condenação de Bolsonaro

O Partido Liberal (PL) já está articulando ações legais em cortes internacionais, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa movimentação é liderada por membros do partido, que discutem os próximos passos diante de um possível desfecho desfavorável nos tribunais nacionais.

O julgamento das denúncias contra Bolsonaro, relacionadas a investigações sobre vacinas, joias e um alegado plano golpista, está previsto para o segundo semestre de 2025. Embora a defesa tenha a possibilidade de recorrer ao próprio STF, parlamentares do partido reconhecem que as chances de reverter uma decisão do plenário são extremamente limitadas.

Os líderes do Partido Liberal (PL) estão avaliando a possibilidade de levar o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro a organismos internacionais, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, sediada na Costa Rica, e o Tribunal Penal Internacional, localizado em Haia, na Holanda. A perspectiva de contar com o apoio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é considerada um fator estratégico relevante.

O indiciamento de Bolsonaro, formalizado pela Polícia Federal na última semana, está sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão sobre uma denúncia oficial deve ocorrer apenas no próximo ano. Enquanto isso, o partido adota uma postura cautelosa, aguardando o acesso completo ao relatório final das investigações antes de emitir qualquer posicionamento formal.

Nas redes sociais, Jair Bolsonaro tem utilizado um tom crítico em relação às investigações, referindo-se como "historinha" às alegações da Polícia Federal sobre um suposto plano para atentar contra a vida de figuras públicas. Entre essas figuras estão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Essa nova estratégia jurídica representa uma tentativa do Partido Liberal (PL) de explorar todas as opções disponíveis, tanto no cenário nacional quanto no internacional, em defesa do ex-presidente e do partido. Ao adotar essa postura, Bolsonaro busca mobilizar seus apoiadores e minar a credibilidade das investigações em curso.