O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou cinco pessoas envolvidas em atentado forjado, praticado contra o então prefeito e candidato à reeleição José Aprígio da Silva (Podemos), em Taboão da Serra (SP).
Segundo o Ministério Público de São Paulo, o plano tinha como objetivo alavancar a candidatura de José Aprígio à reeleição, com a simulação de um atentado para influenciar os eleitores. Caso a Justiça aceite a denúncia, os três executores responderão por quatro tentativas de homicídio com dolo eventual, incêndio e adulteração de sinal identificador de veículo. Dois intermediários podem ser processados pelas tentativas de homicídios, também com dolo eventual.
No dia e local combinados, os executores usaram veículo com placas, chassi e motor adulterados para alcançar o carro ocupado pelo então prefeito e mais três pessoas, incluindo um secretário municipal. Os tiros foram disparados com um fuzil AK-47 adquirido dias antes por R$ 85 mil. O veículo era blindado, mas dois projéteis perfuraram o carro e atingiram o político no braço esquerdo e perto da clavícula esquerda. Na sequência, os homens fugiram do local e atearam fogo no automóvel utilizado.
"Os denunciados assumiram o risco de ceifar a vida das quatro vítimas, uma vez que não só eram sabedores das armas de fogo a serem utilizadas na empreitada criminosa (de alto poder lesivo), como também do local da execução e da condição do veículo que abrigava as vítimas, cuja blindagem do tipo 3A foi transfixada", diz a denúncia.
Na visão do promotor, as tentativas de homicídios foram qualificadas por recurso que dificultou a defesa das vítimas, emprego de armas de uso restrito e perigo comum.