A negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2025/2026 entre o Sindicato dos Comerciários de Ilhéus e Região (Secmi) e o Sindisuper (Sindicato dos Supermercados e Atacados de Auto Serviços do Estado da Bahia) permanece sem acordo, mesmo após meses de tentativas de diálogo. A data-base da categoria é março, mas desde fevereiro o sindicato patronal vem dificultando as tratativas.
O Secmi, que representa os trabalhadores do comércio nos municípios de Ilhéus, Itacaré, Ubaitaba, Una e Uruçuca, denuncia a postura inflexível do Sindisuper. Segundo o sindicato laboral, os patrões não apenas se recusam a negociar a inclusão de novos benefícios, como também propõem a retirada de direitos já conquistados em convenções anteriores.
A presidente do Secmi, Crismélia Silva, afirma que a luta este ano tem sido especialmente árdua e alerta para o risco de prejuízos significativos à categoria.
“É revoltante ver o Sindisuper tentando empurrar essa negociação indefinidamente enquanto insiste em tirar direitos dos trabalhadores. Estamos lutando para avançar, para garantir valorização, mas eles querem regredir. Se não houver avanço na rodada desta quinta-feira, 26, vamos solicitar a mediação do Ministério Público do Trabalho. Não aceitaremos mais desrespeito com quem move o comércio dessa região”, afirmou Crismélia, visivelmente indignada.
A próxima rodada de negociação acontece nesta quinta-feira (26 de junho) e será decisiva para os rumos da CCT. Caso o impasse persista, o sindicato já prepara os trâmites para levar o caso à mediação institucional.
Os comerciários seguem atentos e mobilizados, confiantes na condução firme do Secmi e na defesa dos seus direitos em toda a região sul da Bahia.