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Cresce o número de golpes virtuais no Brasil: como se proteger no mundo digital

Especialistas alertam sobre fraudes que vão de falsos boletos a clonagem de contas. CEO da WebFlic dá dicas para evitar cair em armadilhas online.

Redação
Por: Redação
04/06/2025 às 10h53 Atualizada em 04/06/2025 às 14h38
Cresce o número de golpes virtuais no Brasil: como se proteger no mundo digital
Cresce o número de golpes virtuais no Brasil: como se proteger no mundo digital - Arte: Folha de Ilhéus

Por Heloina Mueller

Nos últimos meses, o número de golpes virtuais registrados no Brasil disparou. Estelionatários têm se aproveitado da crescente digitalização da vida cotidiana para aplicar fraudes cada vez mais sofisticadas — de links falsos enviados por SMS até atendentes virtuais que simulam o suporte de grandes empresas.

Segundo dados recentes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), só em 2024, mais de 4 milhões de tentativas de golpe foram registradas, a maioria envolvendo engenharia social, ou seja, quando os criminosos convencem a vítima a entregar dados confidenciais.

Para entender melhor como esses crimes acontecem e como se prevenir, a reportagem conversou com Sergio Leite, CEO da Agência WebFlic e especialista em cibersegurança, com mais de 25 anos de experiência na área.

Entrevista: Sergio Leite, CEO da WebFlic

Heloina Mueller – Sergio, quais são hoje os golpes virtuais mais comuns?

Sergio Leite – Os mais recorrentes envolvem envio de links por WhatsApp ou SMS, simulando grandes empresas ou instituições financeiras. A vítima clica no link e é redirecionada para páginas falsas que capturam senhas e dados bancários. Também vemos muitos casos de boletos falsificados, onde o golpista altera o código de barras para desviar o pagamento.


Heloina Mueller – Há um público mais vulnerável a esses crimes?

Sergio Leite – Sem dúvida. Os idosos e pessoas com menor familiaridade digital são alvos preferenciais. Porém, até profissionais experientes estão caindo, porque os golpes estão cada vez mais convincentes. Às vezes, a única diferença está em um detalhe minúsculo no domínio do site.


Heloina Mueller – Que medidas práticas as pessoas podem tomar para se proteger?

Sergio Leite – Três regras básicas:

  1. Desconfie de urgência – se a mensagem diz “urgente”, “evite bloqueio”, etc., cuidado.

  2. Nunca clique em links recebidos por redes sociais ou mensagens sem confirmar a origem.

  3. Use autenticação em dois fatores em todos os serviços possíveis.

E, claro, sempre verifique se o site acessado começa com “https” e se o domínio está correto.


Heloina Mueller – E quando alguém percebe que caiu em um golpe? O que deve fazer?

Sergio Leite – O ideal é agir rápido:

  • Notificar imediatamente o banco ou instituição financeira.

  • Registrar um boletim de ocorrência online.

  • E, se possível, buscar ajuda jurídica.
    Também vale comunicar à plataforma usada pelo golpista — como WhatsApp, Facebook ou Mercado Livre.


Prevenção é o melhor remédio

A Polícia Civil e órgãos de defesa do consumidor recomendam campanhas educativas constantes e atenção redobrada ao receber mensagens inesperadas. E não é apenas responsabilidade do usuário: empresas também precisam reforçar seus sistemas de segurança e canais de comunicação confiáveis.

Enquanto os crimes virtuais crescem, a informação continua sendo a arma mais poderosa contra a fraude digital.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Sérgio Leite
Sérgio Leite
CEO na Tecmax Tecnologia. Especialista em marketing e midias sociais.
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