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Juri

PM é condenado a 12 anos de reclusão por homicídio qualificado de pastor

Condenação reacende debate sobre uso excessivo da força em ações policiais


Vitima: Alison Santos da Rocha - Foto:Reprodução

O policial militar Ricardo Santos Ribeiro, lotado na 69ª CIPM, foi condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado, após ser considerado culpado pelo homicídio qualificado do pastor Alison Santos da Rocha, conhecido como Panda. O julgamento, realizado nesta quinta-feira (27) no Fórum Epaminondas Berbert de Castro, em Ilhéus, foi um marco na busca por justiça em um caso que gerou grande comoção na cidade.

O crime ocorreu em 18 de junho de 2022, durante a Operação Aerosul, no bairro Nossa Senhora da Vitória. O pastor, que saía da Igreja Primitiva, na Rua da Felicidade, foi atingido por disparos feitos pelo policial militar. De acordo com a sentença, o homicídio foi qualificado por motivo torpe, caracterizando uma atitude desprovida de qualquer justificativa, e por um recurso que dificultou a defesa da vítima, já que a ação foi realizada de forma inesperada e sem chance de reação.

 Tensão no Tribunal

Durante grande parte do julgamento, o réu manteve a cabeça baixa, visivelmente abalado. No entanto, ele contou com o apoio de diversos colegas policiais, que se fizeram presentes no tribunal para demonstrar solidariedade ao companheiro de farda. O apoio foi um reflexo da complexa relação entre a classe policial e a sociedade, especialmente quando um de seus membros é acusado de crimes graves.

Embora o comportamento do réu tenha gerado discussões sobre a postura de autoridades policiais em processos desse tipo, o júri se manteve focado nas provas e nos depoimentos apresentados. A condenação foi vista como um passo importante para a responsabilização de autoridades que abusam do poder.

 O Caso e a Família de Panda

O caso remonta ao trágico dia 18 de junho de 2022, quando o pastor Alison Santos estava saindo da Igreja Primitiva, no bairro Nossa Senhora da Vitória, e foi surpreendido pelos disparos do policial. Após ser atingido, ele foi socorrido e levado ao Hospital Costa do Cacau, mas chegou sem vida. A vítima, muito querida na comunidade, havia dedicado sua vida ao trabalho religioso e social.

A condenação foi recebida com um misto de alívio e emoção pela família de Alison, que havia clamado por justiça desde o início das investigações. A morte de Panda não apenas abalou sua família, mas também toda a comunidade de Ilhéus, que se uniu na busca por respostas.

 Repercussão e Consequências

A condenação do policial militar por homicídio qualificado é vista como um sinal de que, mesmo em casos envolvendo membros das forças de segurança, a justiça pode prevalecer. Contudo, o julgamento também trouxe à tona discussões sobre o uso da força em operações policiais e sobre a responsabilidade dos agentes de segurança pública em suas ações.

A defesa do policial militar afirmou que irá recorrer da decisão, alegando que o PM agiu dentro de suas funções durante a operação. No entanto, a sentença de 12 anos de reclusão em regime fechado, determinada pelo Conselho de Sentença, foi comemorada como um passo importante para a justiça. A decisão, porém, não encerra o caso, que deve gerar novos desdobramentos à medida que o processo de apelação avance.

A comunidade de Ilhéus agora aguarda para ver se a condenação será mantida nas instâncias superiores e como o caso pode impactar futuras operações policiais na região.

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